quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Brasileiros estão demorando mais para chegar ao trabalho, mostra IBGE


35,2% dos homens levavam mais de 30 minutos no trajeto em 2011.
IBGE destaca alta no número de carros, que gera lentidão no trânsito. Crédito: Ilustração
Os brasileiros estão levando mais tempo para chegar ao trabalho, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
De 2001 a 2011, o percentual de homens que levam mais de 30 minutos nesse trajeto passou de 32,7% para 35,2%. Entre as mulheres, esse percentual passou de 27,9% para 32,6%.
Apesar da alta, segundo o IBGE, 65,8% da população ocupada em 2011 levava menos de 30 minutos para chegar ao trabalho. No mesmo ano, 10,2% dos homens e 9,2% das mulheres levavam mais de uma hora nesse trajeto.
O IBGE também aponta um maior percentual de trabalhadores com tempo de deslocamento para o trabalho superior a 30 minutos entre os pretos e pardos (36,6%) que entre os brancos (31,8%). (Os termos branco, preto e pardo são utilizados no relatório oficial do IBGE).
Regiões
Na análise entre as grandes regiões, o percentual de trabalhadores que levam mais de 30 minutos no trajeto até o trabalho é maior no Sudeste, onde chega a 41,9%. No caso de pretos ou pardos, o percentual chega a 44,3%.
“No caso da Região Sudeste especificamente, há mais pessoas vivendo em metrópoles e há maiores trajetos para o trabalho”, diz o IBGE no estudo. “Destaca-se o crescimento da frota de veículos, que, especialmente no caso das metrópoles, pode gerar lentidão no trânsito. O desenvolvimento interno e a política de incentivo à indústria automobilística, por meio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), são fatores que impulsionaram o aumento da frota de veículos”.
Entre as regiões metropolitanas, os maiores tempos de deslocamento são verificados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na primeira, 23,4% dos homens e 21,2% das mulheres levavam mais de 1 hora para chegar ao trabalho em 2011. Na segunda, esses percentuais eram de 23% e 24%, respectivamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário