No acumulado dos últimos 12 meses, IPCA-15 foi de 6,18%, acima dos 6,02% registrados anteriormente
Jornal do BrasilO Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,68%, em fevereiro e ficou abaixo da taxa de 0,88% de janeiro. Para os dois primeiros meses do ano, a variação situou-se em 1,57%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,18%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,02%). Em fevereiro de 2012, a taxa havia sido de 0,53%, segundo o IBGE.
Destacam-se, no mês, as contas de energia elétrica, que ficaram 13,45% mais baratas, refletindo parte da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro. Em função disso, o item energia elétrica, cuja ponderação no índice é de 3,32%, exerceu o mais significativo impacto para baixo no IPCA-15 de fevereiro, com –0,45 ponto percentual.
Desta forma, mesmo com expressivos aumentos nos valores do aluguel (2,26%) e do condomínio (1,33%), as despesas com habitação diminuíram 2,17% em fevereiro, constituindo o grupo de menor resultado no mês.
Pelo lado das altas, o destaque ficou com o grupo educação, com 5,49%, que apresentou a maior variação, contribuindo com 0,24 ponto percentual no índice. Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 6,92% e constituíram-se no item de maior impacto individual no mês, com 0,19 ponto percentual. À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões os cursos situaram-se entre os 4,27% registrados na região metropolitana de Porto Alegre e os 9,28% de Belo Horizonte. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.) a variação foi de 5,62%.
No entanto, entre os grupos, alimentação e bebidas exerceu o maior impacto no índice do mês, com 0,42 ponto percentual em função da alta de 1,74%. Sob influência de problemas climáticos, além de outros fatores, algumas lavouras foram prejudicadas e a diminuição da oferta provocou forte aumento de preços. Foi o caso do tomate (31,90%), farinha de mandioca (19,04%), cebola (15,92%), cenoura (15,36%), hortaliças (11,45%) e batata inglesa (11,00%).
Entre os itens não alimentícios, agrupamento que teve variação de 0,35% em fevereiro, ressaltam-se a gasolina e os cigarros. Com reajuste de 6,60% no preço do litro nas distribuidoras a partir do dia 30 de janeiro, o item gasolina, refletindo parte do aumento ao consumidor, apresentou variação de 1,96% no índice do mês. No item cigarros, a alta foi de 5,70%, por causa do aumento da incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI nos preços finais ao consumidor.
Além disso, outros itens também mostraram aumentos significativos no IPCA-15 do mês, a exemplo dos artigos de higiene pessoal (1,71%), eletrodomésticos (1,58%), empregado doméstico (1,12%) e automóvel novo (0,90%).
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Recife (1,09%), em razão, da alta de 2,87% nos preços dos alimentos. O menor foi o índice do Rio de Janeiro (0,26%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de janeiro a 14 de fevereiro e comparados com aqueles vigentes de 12 de dezembro a 15 de janeiro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.
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